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Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(2): e00009923, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534116

RESUMO

The habit of eating specific meals has been addressed in several studies, but the evaluation of meal patterns has received less attention. This study aimed to describe the meal patterns of the Brazilian population. A complex sampling design was used to select the 46,164 ≥ 10-year-old individuals examined in the Brazilian National Dietary Survey. Food consumption was assessed by two non-consecutive 24-hour recalls applied throughout a one-week period. The exploratory data analysis approach was used to determine the meal patterns, i.e., how individuals combined the main meals (breakfast, lunch, dinner) and snacks (morning, afternoon, evening/night) throughout the day. The most common meal patterns were three main meals + one snack, reported by 25.1% of the individuals, and three main meals + two snacks (24.6%). Other meal patterns identified were: three main meals + three snacks (18.5%); three main meals and no snacks (10.9%); one or two main meals + two snacks (7.4%); one or two main meals + one snack (6.9%); one or two main meals + three snacks (4.2%); and one or two main meals and no snacks (2.3%). Meal patterns varied according to gender and age group, and on typical versus atypical food consumption days. We found that eight patterns characterized the daily meal consumption in Brazil. Furthermore, around 80% of the population had three main meals every day and about 13% did not report having any snacks. The characterization of meal habits is important for tailoring and targeting health promotion actions.


Os hábitos de consumo de refeições específicas têm sido abordados em diversos estudos, no entanto, a avaliação dos padrões refeições tem recebido menos atenção. O objetivo deste estudo foi descrever os padrões de refeições da população brasileira. Um desenho amostral complexo foi utilizado para selecionar os 46.164 indivíduos de ≥ 10 anos examinados no Inquérito Nacional de Alimentação de 2017-2018. O consumo alimentar foi avaliado por meio de dois recordatórios de 24 horas não consecutivos, aplicados durante um período de uma semana. A análise exploratória de dados foi utilizada para determinar os padrões de refeições, ou seja, como os indivíduos combinam as principais refeições (café da manhã, almoço, jantar) e lanches (manhã, tarde, noite) ao longo do dia. Os padrões de refeições mais frequentes foram três refeições principais + um lanche, conforme relatado por 25,1% dos indivíduos, e três refeições principais + dois lanches (24,6%). Outros padrões de refeições identificados foram: três refeições principais + três lanches (18,5%); três refeições principais e nenhum lanche (10,9%); uma ou duas refeições principais + dois lanches (7,4%); uma ou duas refeições principais + um lanche (6,9%); uma ou duas refeições principais + três lanches (4,2%); e uma ou duas refeições principais e nenhum lanche (2,3%). Os padrões de refeições variaram de acordo com o sexo e a faixa etária, e nos dias típicos em comparação com os atípicos de consumo alimentar. Verificou-se que oito padrões caracterizaram o consumo diário de refeições no Brasil. Além disso, cerca de 80% da população realizava três refeições principais diárias e cerca de 13% reportaram não lanchar. A caracterização dos padrões de refeições é importante para adequar e direcionar ações de promoção da saúde.


Los hábitos alimenticios específicos se han abordado en varios estudios, sin embargo, poco se sabe sobre la evaluación de los patrones de alimentación. El objetivo de este estudio fue describir el patrón de alimentación de la población brasileña. Se utilizó un diseño de muestra complejo para seleccionar a 46.164 individuos de ≥ 10 años quienes participaron en la Encuesta Nacional de Alimentación 2017-2018. El consumo alimentario se evaluó mediante dos registros de 24 horas no consecutivos, aplicados durante una semana. Para determinar el patrón de alimentación, se aplicó el análisis exploratorio, es decir, cómo las personas combinan las comidas principales (desayuno, almuerzo, cena) y las meriendas (mañana, tarde, noche) a lo largo del día. Los patrones de alimentación más frecuentes fueron tres comidas principales + una merienda según informan el 25,1% de los individuos, y tres comidas principales + dos meriendas (24,6%). Otros patrones identificados destacaron tres comidas principales + tres meriendas (18,5%); tres comidas principales sin merienda (10,9%); una o dos comidas principales + dos meriendas (7,4%); una o dos comidas principales + una merienda (6,9%); una o dos comidas principales + tres meriendas (4,2%); y una o dos comidas principales sin merienda (2,3%). Los patrones de alimentación tuvieron una variación según el sexo y el grupo de edad, y en días típicos en comparación con los atípicos de consumo de alimentos. Se encontró que ocho patrones caracterizan el consumo diario de comidas en Brasil. Por lo tanto, aproximadamente el 80% de la población tienen tres comidas principales al día y aproximadamente el 13% informan que no tienen merienda. Es importante caracterizar los patrones de alimentación para adaptar y orientar las acciones de promoción de la salud.

2.
RGO (Porto Alegre) ; 71: e20230033, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS, BBO | ID: biblio-1449019

RESUMO

ABSTRACT Objective: This study evaluated the nutritional status and associated factors among older adults of a southern Brazilian city. Methods: A cross-sectional home-based study, with a probabilistic sample per cluster, was carried out with 282 older adults aged ≥60 years in the city of Veranópolis, Brazil. Through a structured questionnaire, socioeconomic, general and behavioral health aspects were assessed. Nutritional status was assessed using the Mini Nutritional Assessment (MAN®) instrument, categorizing the sample into eutrophic or nutritional risk (risk of malnutrition + malnourished). Oral health was assessed by counting teeth and the use of and need for dental prosthesis. Two independent multivariate models were constructed, using number of daily medication and polypharmacy (≥2 daily medications). Logistic regression was used to verify associations. Results: The prevalence of nutritional risk was 14.5% (N=41). In the final multivariate analysis, users of ≥6 daily medications demonstrated a greater odds ratio (OR) of being at nutritional risk when compared to those who did not use medication daily (OR: 12.16; 95% confidence interval [95%CI]: 1.47 - 100.82). Non-edentulous older adults had 67.7% (p = 0.006) lower OR for nutritional risk when compared to edentulous. Conclusion: The prevalence of nutritional risk was low among this sample, and it was associated with edentulism and number of daily medications.


RESUMO Objetivo: Esse estudo avaliou o estado nutricional e fatores associados em idosos de uma cidade do Sul do Brasil. Métodos: Um estudo transversal de base populacional, com amostragem probabilística por cluster, foi realizado com 282 idosos com idade ≥60 anos na cidade de Veranópolis, Brasil. Por meio de um questionário estruturado, aspectos socioeconômicos, comportamentais e de saúde geral foram aferidos. Estado nutricional foi verificado usando a Mini Avaliação Nutricional (MAN), categorizando a amostra em eutróficos e risco nutricional (risco de desnutrição + desnutridos). Saúde bucal foi verificada pela contagem dos dentes e uso e necessidade de prótese dentária. Dois modelos multivariados independentes foram construídos, utilizando o número de medicações diárias e polifarmácia (≥2 medicamentos por dia). Regressão logística foi utilizada para verificar as associações. Resultados: A prevalência de risco nutricional foi de 14,5% (N=41). Na análise multivariada final, usuários de ≥6 medicamentos por dia demonstraram uma maior razão de chance (RC) de terem risco nutricional quando comparados com aqueles que não utilizaram medicamento diariamente (RC: 12,164; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,468 - 100,821). Idosos não edêntulos tiveram 67,7% (p=0,006) menor RC para risco nutricional quando comparados com não edêntulos. Conclusão: A prevalência de risco nutricional foi baixa nessa amostral, ela foi associada com edentulismo e número diário de medicações.

3.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 4, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1424432

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate food consumption in Brazil by race/skin color of the population. METHODS Food consumption data from the Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF - Household Budget Survey) 2017-2018 were analyzed. Food and culinary preparations were grouped into 31 items, composing three main groups, defined by industrial processing characteristics: 1 - in natura/minimally processed, 2 - processed, and 3 - ultra-processed. The percentage of calories from each group was estimated by categories of race/skin color - White, Black, Mixed-race, Indigenous, and Yellow- using crude and adjusted linear regression for gender, age, schooling, income, macro-region, and area. RESULTS In the crude analyses, the consumption of in natura/minimally processed foods was lower for Yellow [66.0% (95% Confidence Interval 62.4-69.6)] and White [66.6% (95%CI 66.1-67.1)] groups than for Blacks [69.8% (95%CI 68.9-70.8)] and Mixed-race people [70.2% (95%CI 69.7-70.7)]. Yellow individuals consumed fewer processed foods, with 9.2% of energy (95%CI 7.2-11.1) whereas the other groups consumed approximately 13%. Ultra-processed foods were less consumed by Blacks [16.6% (95%CI 15.6-17.6)] and Mixed-race [16.6% (95%CI 16.2-17.1)], with the highest consumption among White [20.1% (95%CI 19.6-20.6)] and Yellow [24.5% (95%CI 20.0-29.1)] groups. The adjustment of the models reduced the magnitude of the differences between the categories of race/skin color. The difference between Black and Mixed-race individuals from the White ones decreased from 3 percentage points (pp) to 1.2 pp in the consumption of in natura/minimally processed foods and the largest differences remained in the consumption of rice and beans, with a higher percentage in the diet of Black and Mixed-race people. The contribution of processed foods remained approximately 4 pp lower for Yellow individuals. The consumption of ultra-processed products decreased by approximately 2 pp for White and Yellow groups; on the other hand, it increased by 1 pp in the consumption of Black, Mixed-race, and Indigenous peoples. CONCLUSION Differences in food consumption according to race/skin color were found and are influenced by socioeconomic and demographic conditions.


RESUMO OBJETIVO Avaliar o consumo alimentar no Brasil por raça/cor da pele da população. MÉTODOS Foram analisados dados de consumo alimentar da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018. Alimentos e preparações culinárias foram agrupados em 31 itens, compondo três grupos principais, definidos por características do processamento industrial: 1 - in natura/minimamente processados, 2 - processados e 3 - ultraprocessados. O percentual de calorias de cada grupo foi estimado por categorias de raça/cor da pele - branca, preta, parda, indígena e amarela -, utilizando-se regressão linear bruta e ajustada para sexo, idade, escolaridade, renda, macrorregião e área. RESULTADOS Nas análises brutas, o consumo de alimentos in natura/minimamente processados foi menor para amarelos [66,0% (Intervalo de Confiança 95% 62,4-69,6)] e brancos [66,6% (IC95% 66,1-67,1)] que para pretos [69,8% (IC95% 68,9-70,8)] e pardos [70,2% (IC95% 69,7-70,7)]. Amarelos consumiram menos alimentos processados, com 9,2% das calorias (IC95% 7,2-11,1) enquanto os demais consumiram aproximadamente 13%. Ultraprocessados foram menos consumidos por pretos [16,6% (IC95% 15,6-17,6)] e pardos [16,6% (IC95% 16,2-17,1)], e o maior consumo ocorreu entre brancos [20,1% (IC95% 19,6-20,6)] e amarelos [24,5% (IC95% 20,0-29,1)]. O ajuste dos modelos reduziu a magnitude das diferenças entre as categorias de raça/cor da pele. A diferença entre pretos e pardos em relação aos brancos diminuiu, de 3 pontos percentuais (pp), para 1,2 pp no consumo de alimentos in natura/minimamente processados e as maiores diferenças remanescentes foram no consumo de arroz e feijão, com maior percentual na alimentação de pretos e pardos. A participação de alimentos processados permaneceu aproximadamente 4 pp menor para amarelos. O consumo de ultraprocessados diminuiu aproximadamente 2 pp para brancos e amarelos; por outro lado, aumentou 1 pp no consumo de pretos, pardos e indígenas. CONCLUSÃO Diferenças no consumo alimentar segundo raça/cor da pele foram encontradas e são influenciadas por condições socioeconômicas e demográficas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos Nutricionais , Alimentos, Dieta e Nutrição , Fatores Raciais
4.
Rev. Nutr. (Online) ; 34: e200308, 2021. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1351563

RESUMO

ABSTRACT Objective To analyze the factors that are associated with the nutritional risk and appetite loss of long-aged older people with two assessment instruments. Methods A cross-sectional and quantitative study was developed in Três Lagoas, a city in the Brazilian state of Mato Grosso do Sul. The household data collection was conducted with 87 long-aged older adults (≥90 years) living in the community. The risk of malnutrition, malnutrition, and the risk of weight loss were the dependent variables, assessed by the Simplified Nutritional Appetite Questionnaire and by the Mini-Nutritional Assessment - Short Form. The association with independent sociodemographic, general health, psychological, cognitive, and physical variables was analyzed using logistic regressions. Results Most of the older adults were female (55.2%), with an average age of 93.3 years, and 1.4 years of schooling. According to the Simplified Nutritional Appetite Questionnaire, 34.5% of the older individuals were at risk of losing weight. As for the results of the Mini-Nutritional Assessment, 19.5% were classified as malnourished, and 39.1% at risk of malnutrition. A greater nutritional risk in both instruments was associated with the individual's poorer self-perceived health, lower calf circumference, and presence of depressive symptoms. The greater the number of medications used, the lower the chance of weight loss. The agreement between the two instruments was low. Conclusion There was an association connecting malnutrition and appetite/weight loss with lower calf circumference, worse self-perceived health status, and presence of depressive symptoms. These results can assist in interventions planning to reduce the nutritional risk and improve the life quality of older adults.


RESUMO Objetivo Analisar os fatores associados ao risco nutricional e à perda de apetite de idosos em extrema longevidade, utilizando dois instrumentos de avaliação. Métodos Estudo transversal e quantitativo, desenvolvido em Três Lagoas-MS, por meio de coleta domiciliar de dados com 87 idosos em extrema longevidade (≥90 anos), residentes da comunidade. O risco de desnutrição, a desnutrição e o risco de perda de peso foram as variáveis dependentes obtidas pelo Questionário Nutricional Simplificado de Apetite e pela Mini Avaliação Nutricional - Forma Curta. A associação com variáveis independentes sociodemográficas, de saúde geral, física, psicológica e cognitiva foi analisada por meio de regressões logísticas. Resultados A maioria dos idosos era do sexo feminino (55,2%), com média de 93,3 anos de idade e 1,4 anos de escolaridade. No Questionário Nutricional Simplificado de Apetite, 34,5% dos idosos apresentaram risco de perda de peso. Na Mini Avaliação Nutricional, 19,5% foram classificados com desnutrição e 39,1% com risco de desnutrição. Maior risco nutricional em ambos os instrumentos foi associado a uma pior saúde auto percebida, à menor circunferência da panturrilha e à presença de sintomas depressivos. O maior número de medicamentos utilizados por dia foi associado a menor chance de perda de peso. A concordância entre os dois instrumentos foi baixa. Conclusão Identificou-se associação entre desnutrição e perda de peso/apetite e menor circunferência da panturrilha, pior saúde auto percebida e presença de sintomas depressivos. Os resultados podem auxiliar no planejamento de intervenções para redução do risco nutricional, visando à melhoria da qualidade de vida de idosos em extrema longevidade.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso de 80 Anos ou mais , Idoso de 80 Anos ou mais , Envelhecimento , Avaliação Geriátrica , Inquéritos Nutricionais , Nutrição do Idoso , Longevidade
5.
Rev. bras. epidemiol ; 23: e200003, 2020. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1092602

RESUMO

ABSTRACT: Introduction: The intake of sugar-sweetened beverages (SSB) varies according to the characteristics of the population. Objective: To investigate the SSB intake and demographic, socioeconomic and lifestyle factors associated with its consumption in adolescents, adults, and older adults in São Paulo. Methods: Data were drawn from the Health Survey of São Paulo, a cross-sectional population-based study including 1,662 individuals aged 12 years or more. SSB were classified into six groups: sugar-sweetened sodas, sweetened coffee and tea, sweetened milk and dairy products, sweetened fruit juice, sweetened fruit drink, and total SSB. The association of each group with demographic, socioeconomic and lifestyle variables was assessed using linear regression models. Results: The mean SSB intake was 668.4 mL in adolescents, 502.6 mL in adults, and 358.2 mL in elderly adults. Sodas and sweetened coffee and tea represented had the greatest contribution to energy intake. SSB consumption was lower among female sex and higher among overweight adolescents, among sufficiently active adults, and among lower household per capita income older adults. Consumption of SSB was high, particularly among adolescents. Public policies are required in order to decrease the consumption of these beverages. Conclusion: Age group, sex, household per capita income, and body mass index status were associated with SSB intake.


RESUMO: Introdução: A ingestão de bebidas açucaradas varia de acordo com as características da população. Objetivos: Investigar o consumo de bebidas açucaradas e os fatores demográficos, socioeconômicos e de estilo de vida associados ao seu consumo em adolescentes, adultos e idosos residentes em São Paulo. Métodos: Foram utilizados dados do Inquérito de Saúde de São Paulo, estudo transversal de base populacional, incluindo 1.662 indivíduos com 12 anos ou mais. As bebidas açucaradas foram classificadas em seis grupos: refrigerantes, cafés e chás adoçados, leite e produtos lácteos adoçados, sucos de fruta natural adoçados, sucos de fruta artificial adoçados e bebidas açucaradas totais. A associação de cada grupo com variáveis demográficas, socioeconômicas e de estilo de vida foi determinada por meio de modelos de regressão linear. Resultados: A ingestão média de bebidas açucaradas foi 668,4 mL em adolescentes, 502,6 mL em adultos e 358,2 mL em idosos. Refrigerantes e cafés e chás adoçados foram os grupos com a maior contribuição para a ingestão energética. O consumo de bebidas açucaradas foi menor entre as mulheres e maior entre os adolescentes com excesso de peso, entre adultos suficientemente ativos e entre os idosos de menor renda familiar per capita. O consumo de bebidas açucaradas foi elevado, particularmente entre adolescentes. Políticas públicas são necessárias a fim de reduzir o consumo dessas bebidas. Conclusão: Faixa etária, sexo, renda familiar per capita e índice de massa corporal foram associadas ao consumo de bebidas açucaradas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Comportamento de Ingestão de Líquido , Bebidas Adoçadas com Açúcar/estatística & dados numéricos , Estilo de Vida , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Ingestão de Energia , Fatores Sexuais , Inquéritos Nutricionais , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores Etários , Distribuição por Sexo , Distribuição por Idade , Sobrepeso/epidemiologia , Pessoa de Meia-Idade
6.
Belo Horizonte; s.n; 2020. 104 p. ilus, tab.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1391262

RESUMO

Antecedentes: A relação entre fatores sociodemográficos e as desigualdades em saúde é tema relevante para análise dos comportamentos de saúde. Conhecer essa relação constitui importante contribuição para o adequado enfretamento das doenças crônicas. Nesse sentido, este trabalho objetivou analisar os comportamentos de saúde da população brasileira, a partir dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013), segundo a situação de domicílio e as diferentes gerações. Métodos: Trata-se de estudo de delineamento transversal com o uso de dados secundários provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde (2013). A PNS utilizou amostra aleatória simples por conglomerados, com representatividade para o Brasil, suas macrorregiões, população urbana e rural, e capitais. Identificou-se a prevalência de indicadores de alimentação saudável (consumo recomendado de frutas e hortaliças, consumo regular de peixes e feijão) e não saudável (consumo regular de refrigerantes e suco artificial, doces, carnes com excesso de gordura, substituição de refeições por lanches) na população brasileira segundo situação de domicílio ­ urbana e rural. Foram estimadas as prevalências (%) e modelos de regressão logística foram ajustados para estimar odds ratio (OR) e intervalos de confiança (IC 95%). Identificou-se ainda, as diferenças nos comportamentos de saúde da população brasileira, relacionados ao consumo alimentar, uso abusivo de álcool, tabagismo e prática de atividade física no lazer e de acordo com as diferentes gerações (tradicionalistas, baby-boomer, geração X, geração Y e geração Z). Foram estimadas as prevalências (%) e realizada regressão de Poisson para estimar Razão de Prevalência (RP) e intervalos de confiança (IC 95%). Resultados: Em relação aos indicadores de alimentação de acordo com a situação de domicílio, observou-se nas áreas rurais maior consumo regular de feijão (OR= 1,20; IC95%: 1,14-1,26) e de carne com excesso de gordura (OR= 1,48; IC95%: 1,42-1,55); e menor consumo de refrigerantes (OR = 0,55; IC95%: 0,52-0,59) e de substituição de refeições por lanches (OR= 0,59; IC95%: 0,51-0,66). Por outro lado, foi menor o consumo recomendado de frutas e hortaliças (OR= 0,89; IC95%: 0,85-0,96) e regular de peixes (OR= 0,88; IC95%: 0,84-0,92). Em relação aos comportamentos de saúde analisados segundo as gerações, observou-se que a gerações com representantes mais velhos, os Tradicionalistas e Baby-boomers apresentaram melhores comportamentos de saúde relacionados à alimentação, com maiores prevalências de consumo de frutas e hortaliças e menores de refrigerantes e sucos artificiais, além de menores prevalências de consumo abusivo de álcool. Por outro lado, as gerações mais jovens - as Gerações Y e Z, em comparação aos Tradicionalistas, apresentaram maiores prevalências do hábito de não fumar e eram mais ativos no lazer. Conclusão: Observou-se diferenças no consumo alimentar de brasileiros residentes em áreas rurais e urbanas, assim como nos comportamentos de saúde nas diferentes gerações. Brasileiros residentes nas áreas rurais relataram maior chance de manter um padrão alimentar tradicional, com o consumo de marcadores de alimentos minimamente processados, especialmente feijão; e menor consumo de marcadores de alimentos ultraprocessados; apesar do menor consumo de frutas e hortaliças, e de peixes. As diferenças identificadas conforme a situação do domicilio e as diferente gerações investigadas denotam a importância de fomentar políticas de promoção da saúde que respeitem e valorizem as tradições, e considerem as diferenças culturais, valorizando seus aspectos positivos e reforçando a necessidade de alinhamento com os objetivos de saúde.


Background: The relationship between sociodemographic factors and health inequalities is a relevant topic for the analysis of health behaviors. Knowing this relationship is an important contribution to the adequate coping with chronic diseases. In this sense, this study aimed to analyze the health behaviors of the Brazilian population, based on data from the National Health Survey (2013), according to the situation of the home and the different generations. Methods: This is a cross-sectional study using secondary data from the National Health Survey (2013). The PNS used a simple random sample by conglomerates, with representativeness for Brazil, its macro-regions, urban and rural population, and capitals. The prevalence of healthy eating indicators (recommended consumption of fruits and vegetables, regular consumption of fish and beans) and unhealthy (regular consumption of soft drinks and artificial juice, sweets, excess fat meats, replacement of meals with snacks) in the Brazilian population according to household situation - urban and rural. Prevalences (%) were estimated and logistic regression models were adjusted to estimate odds ratios (OR and confidence intervals (95% CI). Differences in the health behaviors of the Brazilian population, related to food consumption, alcohol abuse, smoking and physical activity during leisure and according to the different generations (traditionalists, baby-boomers, generation X, generation Y and generation Z). Prevalence (%) was estimated and Poisson regression was performed for to estimate Prevalence Ratio (PR) and confidence intervals (95% CI). Results: Regarding the food indicators according to the situation at home, higher regular consumption of beans was observed in rural areas (OR = 1.20 ; 95% CI: 1.14-1.26) and meat with excess fat (OR = 1.48; 95% CI: 1.42-1.55); and lower consumption of soft drinks (OR = 0.55; 95% CI: 0.52-0.59) and replacement of meals with snacks (OR = 0.59; 95% CI %: 0.51-0.66) On the other hand, the recommended consumption of fruits and vegetables was lower (OR = 0.89; 95% CI: 0.85-0.96) and regular fish (OR = 0.88; 95% CI: 0.84-0.92). Regarding the health behaviors analyzed according to the generations, it was observed that the generations with older representatives, the Traditionalists and Baby-boomers showed better health behaviors related to food, with a higher prevalence of consumption of fruits and vegetables and less of soft drinks and artificial juices, in addition to lower prevalence of alcohol abuse. On the other hand, the younger generations - Generations Y and Z, compared to Traditionalists, had a higher prevalence of the habit of not smoking and were more active at leisure. Conclusion: Differences were observed in the food consumption of Brazilians living in rural and urban areas, as well as in health behaviors across different generations. Brazilians living in rural areas reported a greater chance of maintaining a traditional dietary pattern, with the consumption of minimally processed foods, especially beans; and lower consumption of ultra-processed foods; despite the lower consumption of fruits and vegetables, and fish. The differences identified according to the situation of the home and the different generations investigated denote the importance of promoting health promotion policies that respect and value traditions, and consider cultural differences, valuing their positive aspects and reinforcing the need to align with the objectives of health.


Assuntos
Comportamentos Relacionados com a Saúde , Inquéritos Epidemiológicos , Ingestão de Alimentos , Zona Rural , Inquéritos Nutricionais , Área Urbana , Dissertação Acadêmica , Estilo de Vida Saudável
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(2): e00031418, 2019. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-989508

RESUMO

The objective of this study was to estimate inequalities in the consumption of fruits and vegetables. A multilevel study was performed based on cross-sectional data of adults from 18 to 64 years of age (n = 5,217) and in geodemographic units (n = 33). The consumption of fruits and vegetables was estimated with a food frequency questionnaire administered as part of the 2010 Colombian National Nutrition Survey (ENSIN). Inequality indices for the consumption of whole fruits and fruit juice and for raw and cooked vegetables were estimated using data on wealth, food security, geographical area and monetary poverty. The prevalence of the consumption of cooked vegetables was 64.8% (95%CI: 59.2-70.4) among men and the prevalence of the consumption of fruit juice was 86.1% (95%CI: 82.4-89.8) among women. The frequency of the consumption of fruit juice was 1.03 times/day (95%CI: 0.93-1.14) among women. The prevalence and frequency fruits and vegetables consumption per day for the three socioeconomic variables considered in this study are higher according to the higher socioeconomic level (p < 0.05), except for the consumption frequency of whole fruits/day (p = 0.24). At the individual level, the Gini coefficient for frequency/day ranged from 0.51 to 0.62. At the ecological level, the Gini index for prevalence ranged from 0.04 to 0.14; and for frequency/day ranged from 0.03 to 0.11. The Colombian population does not meet fruits and vegetables consumption recommendations. Men and women favor the consumption of fruit juice over whole fruits. The inequality in vegetable consumption is clear, with men at a disadvantage. The poor eat fewer fruits and vegetables.


Con el fin de estimar las inequidades en el consumo de frutas y verduras, se realizó un estudio multinivel, basado en datos transversales de adultos de 18 a 64 años de edad (n = 5.217) y en unidades geodemográficas (n = 33). El consumo de frutas y verduras se estimó con un cuestionario de frecuencia de comidas, administrado como parte de la Encuesta Nacional de la Situación Nutricional (ENSIN), en Colombia, 2010. Los índices de inequidad para el consumo de frutas enteras y zumo de frutas, así como para verduras crudas y cocinadas, se estimó usando datos sobre riqueza, seguridad alimentaria, área geográfica y pobreza monetaria. La prevalencia en el consumo de verduras cocidas fue de un 64,8% (IC95%: 59,2-70,4) entre hombres y la prevalencia del consumo de zumo de frutas fue 86,1% (IC95%: 82,4-89,8) entre mujeres. La frecuencia del consumo de zumo de fruta fue 1,03 veces/día (IC95%: 0,93-1,14) entre mujeres. La prevalencia y frecuencia de consumo de frutas y verduras al día, dentro de las tres variables socioeconómicas consideradas en este estudio, fue mayor según el nivel socioeconómico más alto (p < 0,05), salvo la frecuencia de consumo de frutas enteras/día (p = 0,24). En el nivel individual el coeficiente de Gini para la frecuencia/día estuvo entre 0,51 y 0,62. En el nivel ecológico, el índice de Gini para la prevalencia estuvo entre 0,04 y 0,14 y para la frecuencia/día entre 0,03 y 0,11. La población colombiana no cumple con las recomendaciones en el consumo de frutas y verduras. Hombres y mujeres prefieren el consumo de zumos en lugar de frutas enteras. La inequidad en el consumo de verduras es clara, con los hombres con más desventaja. Los pobres comen menos frutas y verduras.


Para estimar desigualdades no consumo de frutas e vegetais, um estudo multinível foi realizado baseado em dados seccionais de adultos entre 18 e 64 anos (n = 5.217) e em unidades geodemográficas (n = 33). O consumo de frutas e vegetais foi estimado por meio de um questionário de frequência alimentícia como parte do Inquérito Nacional de Situação Nutricional (ENSIN), Colômbia, 2010. Índices de desigualdade do consumo de frutas inteiras e suco de fruta e de vegetais crus e cozidos foram estumados usando dados sobre renda, segurança alimentar, área geográfica e pobreza monetária. A prevalência do consumo de vegetais cozidos foi de 64,8% (IC95%: 59,2-70,4) para os homens e a prevalência do consumo de suco de fruta foi de 86,1% (IC95%: 82,4-89,8) para as mulheres. A frequência do consumo de suco de fruta foi de 1,03 vezes/dia (IC95%: 0,93-1,14) para as mulheres. A prevalência e frequência do consumo de frutas e vegetais por dia para as três variáveis socioeconômicas consideradas foram mais altas para o nível socioeconômico mais alto (p < 0,05), exceto a frequência de consumo de frutas inteiras/dia (p = 0,24). No nível individual, o coeficiente de Gini para a frequência/dia esteve entre 0,51 e 0,62. No nível ecológico, o índice de Gini para a prevalência esteve entre 0,04 e 0,4, para a frequência/dia, entre 0,03 e 0,11. A população colombiana não atinge as recomendações de consumo de frutas e vegetais. Homens e mulheres preferem consumir suco de fruto a frutas inteiras. A desigualdade no consumo de vegetais é clara, com desvantagem para os homens. Os pobres comem menos frutas e vegetais.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Verduras , Dieta/estatística & dados numéricos , Frutas , Fatores Socioeconômicos , Características de Residência , Fatores Sexuais , Inquéritos Nutricionais , Estado Nutricional , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores Etários , Colômbia , Equidade em Saúde , Comportamento Alimentar
8.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992) ; 64(9): 845-852, Sept. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-976865

RESUMO

SUMMARY BACKGROUND One of the most important factors affecting the quality of life of chronic kidney disease (CKD) patients is nutrition. Prevention of malnutrition increases patients' quality and length of life. In this study, we aimed to determine the frequency of malnutrition, quality of life, and the relationship between them in patients with end-stage renal disease (ESRD). METHOD The study was conducted with a total of 60 CKD patients including 50 haemodialysis patients and 10 peritoneal dialysis patients. Patients' data associated with socio-demographics, body mass index (BMI), waist circumference, triceps skin-fold thickness (TSFT), pre-dialysis systolic and diastolic blood pressure, Kt/V and urea reduction ratio (URR) values, laboratory parameters, Mini-Nutritional Assessment-Short Form (MNA-SF) and European Quality of Life 5-Dimensions (EQ5D) scale were recorded. FINDINGS Of the total 60 patients; 27 were male (45%), 33 were female (55%), 83.3% were receiving haemodialysis treatment (HD), and 16.7% were receiving peritoneal dialysis treatment (PD). The mean MNA-SF score was 10.4 ± 2.8 in the HD group and 10.5 ± 2.9 in the PD group; there was no difference between the scores of the HD and PD groups. The mean EQ5D score was 0.60 ± 0.29 in the HD group and 0.68 ± 0.33 in the PD group, no significant difference was found between the HD group and the PD group. The quality of life was found lower in malnourished group (p=0.001). CONCLUSION The quality of life needs to be increased by early diagnosis and treatment of malnutrition in patients at risk.


RESUMO INTRODUÇÃO O estado nutricional é um dos principais determinantes da qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica (DRC) e a prevenção da desnutrição aumenta o tempo e a qualidade de vida nessa população. O objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência de desnutrição, a qualidade de vida e a inter-relação entre esses fatores em pacientes com DRC em terapia dialítica. MÉTODOS Incluímos 60 pacientes com DRC estágio 5 sob terapia dialítica (50 pacientes em hemodiálise [HD] e 10 em diálise peritoneal [DP]). Os pacientes foram analisados com relação aos seus dados sociodemográficos, índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal, dobra cutânea triciptal, pressão arterial sistólica e diastólica pré-diálise, Kt/V e índice de remoção de ureia, parâmetros laboratoriais, miniavaliação nutricional (MNA) e questionário EuroQol-5 Dimensions (EQ-5D). RESULTADOS Do total de pacientes, havia 27 homens (45%) e 33 mulheres (55%), 83,3% em HD e 16,7% em DP. O MNA médio foi 10,4 ± 2,8 nos pacientes em HD e 10,5 ± 2,9 naqueles em DP, não havendo diferença significativa entre os grupos. O EQ-5D médio foi 0,60 ± 0,29 nos pacientes em HD e 0,68 ± 0,33 naqueles em DP, não havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos. A qualidade de vida foi pior nos pacientes desnutridos (p=0,001). CONCLUSÃO O diagnóstico e o tratamento precoce da desnutrição são necessários para melhorar a qualidade de vida dessa população.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Qualidade de Vida , Diálise Renal/efeitos adversos , Diálise Peritoneal/efeitos adversos , Desnutrição/etiologia , Desnutrição/epidemiologia , Insuficiência Renal Crônica/complicações , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Turquia/epidemiologia , Avaliação Nutricional , Antropometria , Estado Nutricional , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Pessoa de Meia-Idade
9.
Belo Horizonte; s.n; 2018. 138 p. tab, ilus, mapa.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-986590

RESUMO

Introdução: A importância da síndrome metabólica (SM) está relacionada à sua magnitude e forte associação com doenças cardiovasculares (DCV) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2), dois dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Entre os fatores de risco para a SM, destaca-se o consumo alimentar. Contudo, essa associação não está bem dimensionada na população brasileira. Objetivo: Analisar os padrões alimentares e as suas associações independentes com SM em participantes da linha de base da Coorte de Universidades Mineiras (CUME). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, cuja coleta de dados contemplou um questionário online autopreenchido (Q_0) com perguntas sobre características sociodemográficas, estilo de vida, morbidade referida, dados antropométricos, bioquímicos e clínicos. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) online de 144 itens alimentares. Além da coleta de dados online, foi realizada uma etapa presencial com uma subamostra aleatória para a validação da SM e dos seus componentes, definidos segundo a International Diabetes Federation (IDF). Para a identificação dos padrões alimentares foi utilizada a análise de componentes principais e as suas associações independentes com a SM foram estimadas pela regressão de Poisson com variâncias robustas. Resultados: O primeiro artigo apresentou o perfil de 4.291 participantes, sendo que a maioria era mulher (68%) e adulto jovem (72%, 20 a 39 anos); 14,9% relataram obesidade, 22,6% colesterol total alto, 11,6% hipertensão arterial e 3,3% DM2. No segundo artigo, conduzido com 172 participantes, verificou-se que o coeficiente Kappa entre diagnósticos de SM autodeclarado e aferido foi 0,814, indicando concordância quase perfeita. No terceiro artigo, foram avaliados 2.909 participantes (68,7% mulheres; média de idade de 36 ± 9,5 anos). A prevalência de SM foi de 7,0% (10,8% entre os homens e 5,3% entre as mulheres). Foram identificados quatro padrões alimentares: 1) padrão I = frutas, hortaliças, ovos, azeites, nozes e sementes e bebidas naturais; 2) padrão II = arroz e massas, leguminosas, cereais, raízes e tubérculos, pão francês, margarina e ingredientes culinários; 3) padrão III = carnes, bebidas alcoólicas e fast food; 4) padrão IV = lácteos, queijos e doces processados e pães ultraprocessados. Após o ajuste por fatores de confusão, o maior consumo (quarto versus o primeiro quartil) do padrão alimentar I e do padrão alimentar III foram associados, respectivamente, a menor (RP=0,47; IC95%: 0,27-0,82) e maior (RP=1,82; IC95%: 1,03-3,22) prevalências de SM. Além disso, a prevalência de SM aumentou diretamente com o maior consumo do padrão alimentar II (p de tendência=0,010). Conclusões: Apesar dos participantes do projeto CUME serem jovens e com alto nível de escolaridade, a presença de doenças crônicas foi frequente entre eles. Assim, a adoção de bons hábitos de vida se mostra importante nesse contexto, especialmente porque padrões alimentares saudável e não saudável se associaram, respectivamente, à diminuição e ao aumento da prevalência da SM.


Introduction: The importance of the metabolic syndrome (MetS) is related to its magnitude and strong association with cardiovascular diseases (CVD) and type 2 diabetes mellitus (DM2), two of the main public health problems in Brazil and in the world. Among the risk factors for MetS, we highlight food consumption. However, this association is not well-defined in the Brazilian population. Objective: To analyze dietary patterns and their independent associations with MetS in the baseline participants of the Cohort of Universities of Minas Gerais (CUME). Methods: This was a cross-sectional study whose data collection included a self-administered online questionnaire (Q_0) with questions about sociodemographic, lifestyle, referred morbidity, anthropometric, biochemical and clinical data characteristics. Consumption was assessed using an online Food Frequency Questionnaire (FFQ) of 144 food items. In addition to the online data collection, a face-to-face session was conducted with a random sub-sample for the validation of MetS and its components, according to the International Diabetes Federation (IDF). The principal components analysis was used to identify the food patterns, and their independent associations with SM were estimated by Poisson regression with robust variances. Results: The first manuscript presented the profile of 4,291 participants, most of whom were women (68%) and young adults (72%, 20-39 years); 14.9% reported obesity, 22.6% high total cholesterol, 11.6% hypertension and 3.3% DM2. In the second article, conducted with 172 participants, it was verified that the Kappa coefficient between diagnoses of self-reported and measured MetS was 0.814, indicating near perfect agreement. In the third article, 2,909 participants were evaluated (68.7% women, mean age 36 ± 9.5 years). The prevalence of MetS was 7.0% (10.8% among men and 5.3% among women). Four dietary patterns were identified: 1) pattern I = fruits, vegetables, eggs, olive oils, nuts and seeds and natural beverages; 2) pattern II = rice and pasta, legumes, cereals, roots and tubers, French bread, margarine and culinary ingredients; 3) pattern III = meat, alcoholic beverages and fast food; 4) pattern IV = processed dairy, cheeses and sweets and ultra-processed breads. After adjustments for confounding factors, the highest consumption (fourth versus first quartile) of pattern I and pattern III were associated, respectively, the lowest (PR = 0.47, 95% CI: 0.27-0, 82) and higher (PR = 1.82, 95% CI: 1.03-3.22) prevalence of MetS. Moreover, the prevalence of MetS increased directly with the higher consumption of dietary pattern II (p for trend = 0,010). Conclusions: Although the CUME participants were young and with a high schooling level, the presence of chronic diseases was frequent among them. Thus, the adoption of good life habits is important in this context, especially since healthy and unhealthy dietary patterns were associated, respectively, with the decrease and increase in the prevalence of MetS. I


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Síndrome Metabólica/complicações , Síndrome Metabólica/epidemiologia , Comportamento Alimentar , Fatores Socioeconômicos , Universidades , Inquéritos Nutricionais , Doença Crônica , Estudos Transversais , Dissertação Acadêmica , Síndrome Metabólica/diagnóstico , Hipercolesterolemia , Hipertensão , Obesidade
10.
Braspen J ; 32(3): 193-202, jul-set. 2017.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-906068

RESUMO

Introduction: Bioimpedance spectroscopy (BIS) devices utilize biophysical modeling to generate body composition data. The addition of body mass index (BMI) to modified Xitron-Hanai-based mixture equations improved BIS estimates of intracellular water (ICW), particularly at the extremes of BMI. A 3-compartment model for distinguishing excess fluid (ExF) from normally hydrated lean (NHLT) and adipose tissue may further improve BIS estimates. Objective:We aimed to validate a BIS approach based on the Chamney model for determining fat mass (FM) in healthy individuals (NHANES) and for measuring FM changes in individuals undergoing massive weight loss. Methods: Using adult NHANES 1999-2004 (2821 female, 3063 male) and longitudinal pre-topost-RYGB (15F) data, we compared dual-energy-X-ray absorptiometry (DXA) and BIS for FM. We applied BIS adiposity-corrected values to Chamney equations for normally hydrated lean and adipose tissue (NHLT, NHAT) and FM. Method agreement was evaluated by correlations, paired t-tests, root mean square error (RMSE), BlandAltman (B-A) analysis, and concordance correlation coefficients (CCC). Results: Method agreement between BIS and DXAFM was good in healthy adults (r=0.96, CCC=0.93, p<.0001), and pre-to-post-RYGB (r=0.93-0.98, CCC=0.81-0.86, p<.001). Although cross-sectional FM measures differed, FM change measures post-RYGB did not (35.6±8.9 vs. 35.2±9.2 kg, BIS vs. DXA) and agreed well (r=0.84, p<.0001). The 15 subjects with follow-up measurements at 1 year lost 11.5±9.8 kg FFM by DXA, but only 1.3±2.5 kg of NHLT by BIS, suggesting that the FFM loss may have been mostly adipose tissue water. Conclusions: Incorporation of the Chamney model into BIS algorithms is a major conceptual advancement for assessing and monitoring body composition. Its ability to differentiate ICW and extracellular water (ECW) in NHLT and NHAT, as well as excess ECW is promising, and would facilitate lean tissue monitoring in obesity and acute/chronic disease.(AU)


Introdução: Os dispositivos de espectroscopia de bioimpedância (DEB) utilizam modelagem biofísica para gerar dados de composição corporal. A adição do índice de massa corporal (IMC) às equações de mistura modificadas com Xitron-Hanai modificadas melhorou as estimativas de DEB de água intracelular (AI), particularmente nos casos extremos do IMC. Um modelo de 3 compartimentos para distinguir o excesso de fluido (ExF) de magro normalmente hidratado (NHLT) e tecido adiposo pode ainda melhorar as estimativas do DEB. Objetivo: Pretendemos validar uma abordagem do DEB com base no modelo de Chamney para determinar a massa de gordura (MG) em indivíduos saudáveis (NHANES) e para medir mudanças de MG em indivíduos submetidos à perda de peso maciça. Método: Usando o NHANES adulto 1999-2004 (2821 mulheres, 3063 homens) e dados longitudinais pré-pós-RYGB (15 F), comparamos a absorção de raios-X de dupla energia (DXA) e DEB para MG. Aplicamos os valores corrigidos de adiposidade do BIS às equações de Chamney para tecidos magros e adiposos normalmente hidratados (NHLT, NHAT) e FM. O acordo de método foi avaliado por correlações, testes t pareados, erro quadrado médio (EQM), análise Bland-Altman (B-A) e coeficientes de correlação de concordância (CCC). Resultados: O acordo de método entre DEB e DXA MG foi bom em adultos saudáveis (r=0,96, CCC=0,93, p<.0001) e pré-pós-RYGB (r=0,93-0,98, CCC=0,81-0,86, p<0,001). Embora as medidas de MG transversais diferissem, as medidas de mudança de MG pós-RYGB não (35,6±8,9 vs. 35,2±9,2 kg, DEBvs. DXA) e concordaram bem (r=0,84, p<.0001). Os 15 sujeitos com medidas de seguimento ao 1 ano perderam 11,5±9,8 kg FFM por DXA, mas apenas 1,3±2,5 kg de NHLT pelo DEB, sugerindo que a perda de FFM pode ter sido principalmente água do tecido adiposo. Conclusões: A incorporação do modelo de Chamney em algoritmos DEB é um grande avanço conceitual para avaliar e monitorar a composição corporal. A sua capacidade de diferenciar AI e água extracelular (AE) no NHLT e NHAT, bem como o excesso de AE é promissor e facilitará a monitorização do tecido magro na obesidade e doença aguda/crônica.(AU)


Assuntos
Humanos , Composição Corporal , Redução de Peso , Impedância Elétrica , Cirurgia Bariátrica , Obesidade , Inquéritos Nutricionais/instrumentação
11.
Rev. bras. epidemiol ; 20(1): 102-114, Jan.-Mar. 2017. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-843740

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Avaliar a prevalência de anemia, os níveis médios de hemoglobina e os principais fatores nutricionais, demográficos e socioeconômicos associados em crianças Xavante, em Mato Grosso, Brasil. Métodos: Realizou-se inquérito em duas comunidades indígenas Xavante na Terra Indígena Pimentel Barbosa visando avaliar todas as crianças com menos de dez anos. Foram coletados dados de concentração de hemoglobina, antropometria e aspectos socioeconômicos/demográficos por meio de avaliação clínica e questionário estruturado. Utilizaram-se os pontos de corte recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a classificação de anemia. Análises de regressão linear com hemoglobina como desfecho e regressão de Poisson com variância robusta com presença ou não de anemia como desfechos foram realizadas (intervalo de confiança de 95% -IC95%). Resultados: Os menores valores médios de hemoglobina ocorreram nas crianças com menos de dois anos, sem diferença significativa entre os sexos. A anemia atingiu 50,8% das crianças, prevalecendo aquelas com menos de dois anos 2 anos (77,8%). A idade associou-se inversamente à ocorrência de anemia (razão de prevalência - RP - ajustada = 0,60; IC95% 0,38 - 0,95) e os valores médios de hemoglobina aumentaram significativamente conforme o incremento da idade. Os maiores valores de escores z de estatura-para-idade reduziam em 1,8 vez a chance de ter anemia (RP ajustada = 0,59; IC95% 0,34 - 1,00). A presença de outra criança com anemia no domicílio aumentou em 52,9% a probabilidade de ocorrência de anemia (RP ajustada = 1,89; IC95% 1,16 - 3,09). Conclusão: Elevados níveis de anemia nas crianças Xavante sinalizam a disparidade entre esses indígenas e a população brasileira geral. Os resultados sugerem que a anemia é determinada por relações complexas e variáveis entre fatores socioeconômicos, sociodemográficos e biológicos.


ABSTRACT: Objective: To evaluate the prevalence of anemia, mean hemoglobin levels, and the main nutritional, demographic, and socioeconomic factors among Xavante children in Mato Grosso State, Brazil. Methods: A survey was conducted with children under 10 years of age in two indigenous Xavante communities within the Pimentel Barbosa Indigenous Reserve. Hemoglobin concentration levels, anthropometric measurements, and socioeconomic/demographic data were collected by means of clinical measurements and structured interviews. The cut-off points recommended by the World Health Organization were used for anemia classification. Linear regression analyses with hemoglobin as the outcome and Poisson regression with robust variance and with the presence or absence of anemia as outcomes were performed (95%CI). Results: Lower mean hemoglobin values were observed in children under 2 years of age, without a significant difference between sexes. Anemia was observed among 50.8% of children overall, with the highest prevalence among children under 2 years of age (77.8%). Age of the child was inversely associated with the occurrence of anemia (adjusted PR = 0.60; 95%CI 0.38-0.95) and mean hemoglobin values increased significantly with age. Greater height-for-age z-score values reduced the probability of having anemia by 1.8 times (adjusted PR = 0.59; 95%CI 0.34-1.00). Presence of another child with anemia within the household increased the probability of the occurrence of anemia by 52.9% (adjusted PR = 1.89; 95%CI 1.16-3.09). Conclusion: Elevated levels of anemia among Xavante children reveal a disparity between this Indigenous population and the national Brazilian population. Results suggest that anemia is determined by complex and variable relationships between socioeconomic, sociodemographic, and biological factors.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Criança , Adolescente , Hemoglobinas/análise , Índios Sul-Americanos , Anemia/sangue , Anemia/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Prevalência
12.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 22(2): 499-508, Fev. 2017. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-890274

RESUMO

Resumo Objetivou-se analisar as diferenças metodológicas dos inquéritos antropométricos e alimentares brasileiros classificados em domiciliares, escolares e telefônicos, e refletir sobre as potencialidades e os entraves envolvidos na utilização dos dados secundários dos mesmos. Os documentos que compuseram o corpus deste artigo foram relatórios oficiais publicados dos estudos. Os resultados retrataram diferenças metodológicas em relação à avaliação do consumo alimentar, à antropometria, à periodicidade e à forma de acesso as bases de dados. As fontes de dados secundários, que antes limitavam-se à divulgação de relatórios impressos, passaram a ser disponibilizadas sob a forma de microdados em bases eletrônicas. No entanto, essas bases são ainda pouco exploradas pelos pesquisadores da saúde, devido à complexidade de extração e de análise dos dados. Isso justifica a importância da inserção nos cursos de pós-graduação em saúde de disciplinas que promovam habilidades para uso dessas bases, que contêm variáveis sobre a situação de saúde e nutrição da população, além das socioeconômicas e demográficas não presentes nos sistemas tradicionais de informação em saúde. Conclui-se que o trabalho com dados secundários exige qualificação e o uso dessa fonte de informação contribui para adequado planejamento em saúde.


Abstract The scope of the current study was to analyze the methodological differences between Brazilian anthropometric and dietary surveys, which are classified as home, school and telephone surveys, as well as to reflect on the potential benefits and obstacles involved in the use of secondary data. The documents that are the focus of this study are official published reports of the surveys. The results indicated methodological differences in the assessment of food intake, anthropometry, frequency and form of access to the databases. The secondary data sources, which were previously limited to the dissemination of printed reports, were made available as micro-data in electronic databases. However, these databases are as yet not frequently consulted by health researchers due to the complexity of data extraction and analysis. For this reason, courses on how to develop skills to use these databases in graduate health courses should be included as they contain variables related to the health and nutrition status of the population, in addition to socioeconomic and demographic variables, which are not found in traditional health information systems. The conclusion drawn is that working with secondary data requires training and that the use of this source of information contributes to adequate planning in health.

13.
Rev. panam. salud pública ; 41: e111, 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-961686

RESUMO

ABSTRACT This report examines the challenges of conducting a multicenter, cross-sectional study of countries with diverse cultures, and shares the lessons learned. The Latin American Study of Nutrition and Health (ELANS) was used as a feasibility study involving the most populous cities of eight countries in Latin America (Argentina, Brazil, Chile, Colombia, Costa Rica, Ecuador, Peru, and Venezuela) in 2014-2015, about 40% of the population of the Americas. The target sample included 9 000 individuals, 15-65 years of age, and was stratified by geographic location (only urban areas), gender, age, and socioeconomic status. Six principal challenges were identified: team structuring and site selections; developing a single protocol; obtaining ethic approvals; completing simultaneous fieldwork; ensuring data quality; and extracting data and maintaining consistency across databases. Lessons learned show that harmonization, pilot study, uniformity of procedures, high data quality control, and communication and collaboration across sites are imperative. Barriers included organizational complexity, recruitment of collaborators and research staff, institutional cooperation, development of infrastructure, and identification of resources. Consensus on uniform measures and outcomes and data collection methodology, as well as a plan for data management and analysis, communication, publication, and dissemination of study results should be in place prior to beginning fieldwork. While challenging, such studies offer great potential for building a scientific base for studies on nutrition, physical activity, and other health topics, while facilitating comparisons among countries.


RESUMEN En este informe se examinan los retos de llevar a cabo un estudio transversal multicéntrico en países con culturas diversas y se transmiten las enseñanzas extraídas. Se usó el Estudio Latinoamericano de Nutrición y Salud (ELANS) como un estudio de factibilidad realizado en el período 2014-2015, que incluyó las ciudades más populosas de ocho países de América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colombia, Costa Rica, Ecuador, Perú y Venezuela) y abarcó a cerca de 40% de la población de la Región de las Américas. La muestra establecida incluyó a 9 000 personas de 15 a 65 años de edad, y fue estratificada según la ubicación geográfica (solo zonas urbanas) y por sexo, edad y situación socioeconómica. Se encontraron seis retos principales: estructurar los equipos y seleccionar los sitios; preparar un protocolo único; obtener las aprobaciones éticas; terminar simultáneamente el trabajo sobre el terreno; velar por la calidad de los datos y extraer datos y mantener la uniformidad en todas las bases de datos. Las enseñanzas extraídas muestran que la armonización, los estudios piloto, la uniformidad de los procedimientos, el riguroso control de la calidad de los datos y la comunicación y colaboración entre todos los sitios son imperativos. Los obstáculos incluyeron la complejidad de la organización, el reclutamiento de colaboradores y personal de investigación, la cooperación institucional, el desarrollo de infraestructura y la definición de los recursos. Antes de comenzar el trabajo sobre el terreno, se debe llegar a un consenso acerca de mediciones y resultados uniformes y la metodología de recopilación de datos, así como un plan para la gestión y el análisis de los datos y la comunicación, publicación y difusión de los resultados del estudio. A pesar de que estos estudios constituyen un desafío, hacen posible establecer una base científica para los estudios sobre la nutrición, la actividad física y otros temas de salud, al facilitar las comparaciones entre los países de América Latina.


RESUMO Neste relato se examinam os desafios de realizar um estudo transversal multicêntrico em países com culturas diversas e os ensinamentos tirados. O Estudo Latino-americano de Nutrição e Saúde (ELANS) serviu de estudo de viabilidade, englobando as cidades mais populosas de oito países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru e Venezuela) em 2014-2015, representando cerca de 40% da população das Américas. A amostra pretendida compreendeu 9.000 indivíduos com 15 a 65 anos de idade e foi estratificada por localização geográfica (exclusivamente áreas urbanas), sexo, idade e nível socioeconômico. Os seis principais desafios identificados foram: estruturar as equipes e selecionar as sedes, elaborar um único protocolo, obter as aprovações dos comitês de ética, realizar trabalho de campo simultâneo, assegurar a qualidade dos dados e extrair os dados e manter a consistência em todas as bases de dados. Os ensinamentos tirados demonstram serem imprescindíveis harmonização, estudo-piloto, uniformidade dos procedimentos, ótimo controle da qualidade dos dados e comunicação e colaboração entre as sedes. Entre as barreiras estão a complexidade organizacional, recrutamento de colaboradores e pessoal de pesquisa, cooperação institucional, desenvolvimento de infraestrutura e identificação dos recursos. Antes do início do trabalho de campo, deve-se chegar a um consenso sobre medidas e resultados uniformes e metodologia de coleta de dados assim como um plano para o gerenciamento e análise dos dados, comunicação, publicação e disseminação dos resultados dos estudos. Apesar da sua complexidade, tais estudos têm um grande potencial de fundar uma base científica para estudos de nutrição, atividade física e outros tópicos relacionados à saúde, ao mesmo tempo que facilitam comparações entre os países da América Latina.


Assuntos
Vigilância Alimentar e Nutricional , Inquéritos Nutricionais , Inquéritos Nutricionais/provisão & distribuição , Estudo Multicêntrico , América Latina
14.
Cad. saúde pública ; 31(8): 1685-1697, Aug. 2015. tab, ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-759503

RESUMO

Este estudo transversal visa a descrever a distribuição de excesso de peso e obesidade e sua associação com variáveis demográficas e socioeconômicas entre 794 adultos indígenas, de 19 a 59 anos, da etnia Xukuru do Ororubá, povo indígena cujas terras estão localizadas no Município de Pesqueira, agreste de Pernambuco, Brasil. A análise da associação entre as variáveis de desfecho, excesso de peso (IMC > 24,99kg/m2) e obesidade (> 29,99kg/m2) e as variáveis explicativas foi realizada utilizando-se regressão logística multinível. Entre as mulheres, 52,2% estavam com excesso de peso e 21% obesas. Para os homens, as prevalências foram de 44,1% e 7,5%, respectivamente. As variáveis sexo feminino e idade (> 30 anos) estiveram associadas à ocorrência de ambos os agravos. Status socioeconômico e interação sexo masculino e renda per capita elevada apresentaram associação com obesidade. Assim como observado em outras populações indígenas, os achados sugerem que os Xukuru estão atravessando um acelerado processo de transição nutricional.


This cross-sectional study focused on the epidemiology of overweight and obesity and the association with demographic and socioeconomic variables in a sample of 794 Xukuru of Ororubá adults 19-59 years of age, from an indigenous reserve in Pesqueira County, Pernambuco State, Brazil. Descriptive analyses and multivariate logistic regression were carried out, using cut-off points of BMI > 24.99kg/m2 for overweight and > 29.99kg/m2 for obesity. Prevalence rates of overweight and obesity were higher in women (52.2% and 21%, respectively) than in men (44.1% and 7.5%, respectively). Female sex and age (> 30 years) were associated with both outcomes in the multivariate regression. For obesity, the following variable showed statistically significant associations: socioeconomic status and the interaction between male gender and per capita income. As in other indigenous populations in Brazil, the study's findings suggest that the Xukuru are experiencing a rapid nutritional transition.


Este estudio transversal tiene como objetivo describir la distribución del exceso de peso, obesidad y su asociación con variables demográficas y socioeconómicas. El estudio fue realizado entre 794 adultos indígenas, de 19 hasta 59 años de edad de los Xukuru do Orurubá, pueblo indígena cuyas tierras están ubicadas en el Municipio de Pesqueira, Pernambuco, Brasil. El análisis de la asociación entre variables de desenlace, exceso de peso (IMC > 24,99kg/m2), obesidad (> 29,99kg/m2) y las variables explicativas fue realizado mediante una regresión logística multinivel. Entre las mujeres, un 52% estaban con exceso de peso y un 21% obesos, en el caso de los hombres. Por otro lado, la prevalencia fue de un 44,1% y un 7,5%, respectivamente. Las variables sexo femenino y edad (> 30 años) se mostraron asociadas a la ocurrencia de ambas condiciones. El estatus socioeconómico y la interacción entre sexo masculino y renta per cápita elevada mostraron asociación con obesidad. Así como lo observado en otras poblaciones indígenas, los resultados sugieren que los Xukuru están atravesando un acelerado proceso de transición nutricional.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Índios Sul-Americanos , Obesidade/epidemiologia , Distribuição por Idade , Índice de Massa Corporal , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Sobrepeso/epidemiologia , Prevalência , Fatores de Risco , Distribuição por Sexo , Fatores Socioeconômicos
15.
Cad. saúde pública ; 30(7): 1418-1426, 07/2014. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-720559

RESUMO

The study aims to describe trends in food consumption away from home in Brazil from 2002-2003 to 2008-2009 and to analyze the influence of income on this behavior. The authors used data collected by the Household Budget Surveys conducted by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) in 2002-2003 and 2008-2009. The information analyzed in this study involves records of food and beverage purchases for consumption away from home. Trends in eating away from home were estimated for the total population and according to demographic and economic strata. The association between the share of food consumed away from home and income was studied using regression models to estimate income elasticity coefficients. The share of eating away from home increased 25% during the period, reaching 28% of total spending on food. Each 10% increase in mean per capita income leads to a 3.5% increase in the share of food consumed away from home. This suggests that income growth will result in future increases in the share of eating away from home.


El objetivo fue describir la evolución de los gastos en alimentación fuera del hogar en Brasil y analizar la influencia de la renta sobre dichos gastos. Se utilizaron los datos de las Encuestas de Presupuestos Familiares realizadas por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE) en 2002-2003 y en 2008-2009. La información analizada comprende los registros de gastos, en relación con las adquisiciones de alimentos y bebidas para consumo fuera del hogar. La evolución del gasto en comida fuera del hogar, en relación con el gasto total en alimentación fue estimada para el conjunto total de la población, según el nivel económico y sociodemográfico. La asociación entre el gasto en alimentación fuera del domicilio y la renta de la población fue estudiada mediante modelos de regresión, para hallar la estimación de coeficientes de elasticidad-renta. El gasto en alimentación fuera del domicilio aumentó un 25% en el periodo estudiado, llegando a suponer el 28% de los gastos totales en alimentación. Cada incremento del 10% en la renta, la población aumenta un 3,5% el gasto en alimentación fuera del hogar.


O objetivo foi descrever a evolução de curto prazo dos gastos com alimentação fora do domicílio no Brasil e analisar a influência da renda sobre essas despesas. Utilizaram-se dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2002/2003 e em 2008/2009. A informação analisada compreendeu os registros dos gastos com aquisições de alimentos e bebidas para consumo fora do domicílio. A evolução da participação da alimentação fora do domicílio nos gastos totais com alimentação foi estimada para o conjunto total da população, segundo estratos econômicos e sociodemográficos. Utilizaram-se modelos de regressão para estimação de coeficientes de elasticidade-renda para analisar a relação entre participação da alimentação fora do domicílio e a renda da população. A participação da alimentação fora do domicílio aumentou 25% no período estudado, chegando a 28% dos gastos totais com alimentação. Cada incremento de 10% na renda da população aumentaria em 3,5% dessa participação. Esse cenário sugere que uma evolução favorável da renda acarretará aumentos futuros da participação da alimentação realizada fora do domicílio.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Comportamento Alimentar , Renda/estatística & dados numéricos , Restaurantes/economia , Brasil , Bebidas/economia , Restaurantes/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos
16.
Einstein (Säo Paulo) ; 11(4): 486-491, out.-dez. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-699861

RESUMO

OBJETIVO: Descrever a prevalência e identificar os fatores associados ao excesso de peso em funcionários dos restaurantes de uma universidade pública da cidade de São Paulo. MÉTODOS: Realizou-se um censo socioeconômico e nutricional com 174 indivíduos, por meio do qual foram coligidos dados referentes à massa corporal e à estatura, além de dados socioeconômicos, por meio de um questionário estruturado. Construiu-se o índice de massa corporal e utilizaram-se os pontos de corte recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Testes t de Student, exato de Fischer e χ² foram utilizados na verificação das diferenças entre médias e prevalências. Análises de regressão de Poisson com variância robusta foram realizadas, sendo o excesso de peso ou não os desfechos. RESULTADOS: A maioria dos funcionários (57,5%) era mulheres, 59,8% não brancos, 45,4% vivendo com o companheiro, 26,4% fumantes e 50,6% sedentários. Houve predomínio de indivíduos com excesso de peso (60,9%) que na maioria dos casos (64,0%) eram mulheres, não brancos (66,3%), viviam sozinhos (58,8%), não fumavam (63,3%) e (62,8%) praticavam atividade física. Observaram-se diferença significativa (p=0,03) em relação ao índice de massa corporal e ao gênero, evidenciando maior excesso de peso entre as mulheres. O excesso de peso foi dependente da faixa etária, havendo maior chance de ocorrer nos indivíduos com mais de 50 anos (razão de prevalência ajustada: 1,72; intervalo de confiança de 95%: 1,02-2,98). CONCLUSÃO: Observou-se alta prevalência de excesso de peso nesses profissionais, sinalizando a necessidade de intervenções para controle desse importante fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis.


OBJECTIVE: To describe the prevalence and identify the factors associated with excess weight in restaurant employees at a public university in the city of São Paulo. METHODS: A socioeconomic and nutritional census was conducted with 174 individuals to obtain data on body mass, height, and socioeconomic status, using a structured questionnaire. The body mass index was determined, and the cut-off points recommended by the World Health Organization were used. Student's t test, Fisher's exact test, and the χ² test were used to verify the differences between the means and prevalences. Poisson regression analyses with robust variance were performed, and the outcomes were excess weight or no excess weight. RESULTS: Most of the employees (57.5%) were women; 59.8% were non-white, 45.4% lived with a partner, 26.4% were smokers, and 50.6% were sedentary. There was a predominance of individuals with excess weight (60.9%), and most of them (64.0%) were women, non-white (66.3%), lived alone (58.8%), and were non-smokers (63.3%); furthermore, 62.8% of the subjects engaged in physical activities. There was a significant difference (p=0.03) regarding body mass index and gender, demonstrating more excess weight among the women. Excess weight was dependent on the age group and was more likely to occur in individuals over 50 years of age (adjusted prevalence ratio: 1.72; 95% confidence interval: 1.02 - 2.98). CONCLUSION: There was a high prevalence of excess weight in these professionals, indicating the necessity for interventions to control this important risk factor for chronic non-communicable diseases.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Obesidade/epidemiologia , Sobrepeso/epidemiologia , Fatores Etários , Índice de Massa Corporal , Brasil , Métodos Epidemiológicos , Estado Nutricional , Saúde Ocupacional , Restaurantes , Fatores Sexuais , Fatores Socioeconômicos , Universidades , População Urbana
17.
Cad. saúde pública ; 29(7): 1467-1472, Jul. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-679582

RESUMO

Trata-se de estudo transversal de base populacional com residentes do Município de São Paulo, Brasil, que objetivou avaliar a prevalência do uso de suplementos dietéticos, segundo estágio de vida e características sociodemográficas e comportamentais. Observou-se baixa prevalência do uso de suplementos (6,35%) entre os 865 indivíduos entrevistados, havendo maior prevalência entre mulheres (RP = 1.88; IC95%: 1,08-1,25). Não foi encontrada diferença estaticamente significante para as demais variáveis. Suplementos compostos por vitamina(s) e mineral(is) combinados lideraram o uso; no entanto, o consumo de suplementos pode ainda ser considerado baixo na população estudada. Tendo em vista as fracas evidências atuais de benefícios obtidos pelo uso regular de suplementos, em conjunto com os riscos para o consumo excessivo, justifica-se o monitoramento e vigilância do uso de suplementos na população.


This cross-sectional population-based study in the city of São Paulo, Brazil, aimed to assess prevalence of use of dietary supplements according to life stage and socio-demographic and behavioral characteristics. Prevalence of supplement use was low (6.35%) among the 865 individuals interviewed, with a higher prevalence among women (PR = 1.88; 95%CI: 1.08-1.25). However, no statistically significant difference was found for the other variables. Combined vitamin and mineral supplements headed the list. Intake of supplements is still low in this population. However, the current weak evidence of benefits from regular use and the risks of excessive consumption justify monitoring the use of supplements.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Animais , Criança , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Suplementos Nutricionais , Imagem Corporal , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos sobre Dietas , Suplementos Nutricionais/estatística & dados numéricos , Atividade Motora , Prevalência , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários , População Urbana
18.
Rev. nutr ; 26(2): 167-176, Mar.-Apr. 2013. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-675990

RESUMO

OBJECTIVE: The objective of this article is to present the development of the Food Frequency Questionaire used in the Longitudinal Study of Adult Health-Brazil and analyze how diet exposes individuals to cardiovascular diseases and type 2 diabetes Mellitus. METHODS: The Longitudinal Study of Adult Health-Brazil dietary assessment instrument is based on a previously validated Food Frequency Questionaire and the final list of items took into consideration a study done in the six Longitudinal Study of Adult Health-Brazil investigation centers. RESULTS: New foods/preparations were included in the Food Frequency Questionaire with their respective portions, totaling 114 items. The perspectives of dietary analysis and cardiovascular diseases and diabetes are presented in Longitudinal Study of Adult Health-Brazil. CONCLUSION: A new instrument was developed to cover the regional particularities of the study population.


OBJETIVO: Este artigo tem por objetivo apresentar o desenvolvimento do Questionário de Frequência Alimentar utilizado no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto e as perspectivas de análise da dieta, como exposição a doenças cardiovasculares e diabetes Mellitus tipo 2. MÉTODOS: O instrumento de avaliação dietética do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto foi construído a partir de um Questionário de Frequência Alimentar previamente validado. A lista final de itens alimentares levou em consideração um levantamento realizado nos seis centros de investigação do estudo em questão. RESULTADOS: Foram incluídos novos alimentos/preparações no Questionário de Frequência Alimentar, com as respectivas porções, perfazendo um total de 114 itens. São apresentadas as perspectivas de análise da dieta e doenças cardiovasculares e diabetes no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto. CONCLUSÃO: Desenvolveu-se um novo instrumento que busca atender especificidades regionais contempladas na população do estudo.


Assuntos
Dieta/métodos , Doença Crônica , Inquéritos e Questionários
19.
Cad. saúde pública ; 29(4): 793-800, Abr. 2013. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-670528

RESUMO

The aim of this study was to describe time trends in stunting and obesity in children under five years of age in Alagoas State, Brazil. Two surveys were conducted with representative samples, the first in 1992 (n = 1,228) and the second in 2005 (n = 1,384). Stunting was defined as height-for-age < -2 standard deviations and obesity as weight-for-height > 2 standard deviations. Prevalence of stunting decreased from 22.5% to 11.4% (PR = 0.50; 95%CI: 0.42; 0.60), while obesity increased from 6.7% to 9.3% (PR = 1.36; 95%CI: 1.04; 1.77). During the same period there was a decrease (p ≤ 0.05) in the proportions of the following variables: rural residence, households without running water, households with more than four members, mothers with more than two children, low birth weight, and mother's lack of access to prenatal care. Adjustment for these variables significantly reduced the magnitude of associations, and the 95% confidence included 1.0, suggesting that changes in the prevalence of stunting and obesity were mediated by these characteristics. During the period, there was a striking reduction in the prevalence of stunting and an increase in the frequency of obesity.


Objetivou-se descrever a tendência temporal do déficit estatural e da obesidade em menores de 5 anos de Alagoas, Brasil. Dois inquéritos com amostras representativas foram realizados em 1992 (n = 1.228) e 2005 (n = 1.384), respectivamente. Déficit estatural foi definido pela altura/idade < -2 desvios-padrão e obesidade por peso/altura > 2 desvios-padrão. A prevalência de déficit estatural mudou de 22,5% para 11,4% (RP = 0,50; IC95%: 0,42; 0,60), enquanto a de obesidade passou de 6,7% para 9,3% (RP = 1,36; IC95%: 1,04; 1,77). No mesmo período houve redução (p ≤ 0,05) nas proporções das seguintes variáveis: moradores na zona rural, famílias sem acesso à água encanada, domicílios com mais de quatro pessoas, mães com mais de dois filhos, baixo peso ao nascer e mães sem acesso ao pré-natal. O ajuste para essas variáveis reduziu significantemente a magnitude das associações e os IC95% englobaram a unidade, sugerindo que as mudanças nas prevalências de desnutrição e obesidade foram mediadas por essas características. No período avaliado houve drástica redução na prevalência de déficit estatural e incremento na frequência de obesidade.


Se tuvo por objetivo describir la tendencia temporal del déficit de estatura y de la obesidad en menores de 5 años de Alagoas, Brasil. Dos encuestas con muestras representativas fueron realizados en 1992 (n = 1.228) y 2005 (n = 1.384). El déficit de estatura fue definido por la altura/edad < -2 desvíos-padrón y obesidad por peso/altura > 2 desvíos-padrón. La prevalencia de déficit de estatura cambió de un 22,5% a un 11,4% RP = 0,50; IC95%: 0,42; 0,60), mientras que la de obesidad pasó de un 6,7% a un 9,3% (RP = 1,36; IC95%: 1,04; 1,77). En el mismo período hubo una reducción (p ≤ 0,05) en las proporciones de las siguientes variables: habitantes en la zona rural, familias sin acceso al agua corriente, domicilios con más de cuatro personas, madres con más de dos hijos, bajo peso al nacer y madres sin acceso al servicio prenatal. El ajuste para esas variables redujo significantemente la magnitud de las asociaciones y los IC95% englobaron la unidad, sugiriendo que los cambios en las prevalencias de desnutrición y obesidad fueron mediados por esas características. En el período evaluado hubo una drástica reducción en la prevalencia de déficit de estatura e incremento en la frecuencia de obesidad.


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Estatura , Desnutrição/epidemiologia , Obesidade/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Inquéritos Nutricionais , Prevalência , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo
20.
São Paulo med. j ; 131(4): 220-227, 2013. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-688765

RESUMO

CONTEXT AND OBJECTIVE Obstructive sleep apnea syndrome (OSAS) is one of the leading causes of morbidity and mortality in adults. Early detection of the disorder and discovery of risk factors through standardized questionnaires will lead to reduction of the OSAS burden. The main aim of this study was to estimate the prevalence of OSAS symptoms and examine their association with housing characteristics. DESIGN AND SETTING Cross-sectional study at a medical school. METHODS Demographic, housing and body measurement data on 5,545 individuals aged 16 years and over of various races were selected from the National Health and Nutrition Examination Survey. We analyzed the probability of OSAS based on habitual snoring combined with daytime sleepiness and/or witnessed apnea. Univariate and multiple linear regression were used. RESULTS 9.8% of the men and 6.9% of the women reported symptoms suggestive of OSAS (habitual snoring, daytime sleepiness and/or apnea). The following prevalences of symptoms were found among males and females respectively: frequent snoring 35.1%, 22.3%, excessive daytime sleepiness 6.4%, 3.4% and frequent apnea 14.9%, 20.6%. Using multiple linear regression, OSAS symptoms were correlated with gender, age, body mass index (BMI), marital status and education. Regarding housing characteristics, mildew or musty smell and pets in the environment were associated with a high probability of OSAS. CONCLUSION OSAS symptoms were more prevalent than in developing countries. The environment was an important risk factor, but environmental factors are easier to control and manage than other variables like BMI or socioeconomic status. .


CONTEXTO E OBJETIVO Síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em adultos. Detecção precoce da doença e descoberta de fatores de risco com questionários padronizados levarão a redução dos danos por SAOS. O principal objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de sintomas de SAOS e examinar sua associação com características da habitação. TIPO DE ESTUDO E LOCAL Estudo transversal em faculdade de medicina. MÉTODOS Dados demográficos, habitacionais e de medidas corporais sobre 5.545 indivíduos de 16 anos ou mais, de diversas raças, foram selecionados do National Health and Nutrition Examination Survey. Analisamos a probabilidade de SAOS com base no ronco habitual combinada com sonolência diurna e/ou apneia testemunhada. Análise univariada e regressão linear múltipla foram usadas. RESULTADOS 9,8% dos homens e 6,9% das mulheres relataram sintomas sugestivos de SAOS (ronco habitual, sonolência diurna e/ou apneia). A prevalência de sintomas em homens e mulheres, respectivamente, foi: ronco frequente 35,1%, 22,3%, sonolência excessiva diurna 6,4%, 3,4% e apneia frequente 14,9%, 20,6%. Através de regressão linear múltipla, sintomas de SAOS foram relacionados com gênero, idade, índice de massa corpórea (IMC), estado civil e educação. Das características da habitação, mofo ou cheiro de mofo e animais de estimação no ambiente foram associados com alta probabilidade de SAOS. CONCLUSÃO Sintomas de SAOS foram mais prevalentes do que nos países em desenvolvimento. O meio ambiente foi um fator de risco importante, porém é mais fácil controlar e manejar fatores ambientais do que outras variáveis, como IMC ou status socioeconômico. .


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Distúrbios do Sono por Sonolência Excessiva/epidemiologia , Habitação , Apneia Obstrutiva do Sono/epidemiologia , Fatores Etários , Apneia/epidemiologia , Índice de Massa Corporal , Estudos Transversais , Modelos Lineares , Prevalência , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Distribuição por Sexo , Fatores Sexuais , Apneia Obstrutiva do Sono/etiologia , Ronco/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Estados Unidos/epidemiologia
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